20 janeiro 2014

O MARAVILHOSO Sado e o Alentejo

                         
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O Sado (antigamente chamado Sádão) é um rio português, que nasce a 230m de altitude, na Serra da Vigia e percorre 180 quilómetros até desaguar no oceano Atlântico perto de Setúbal. No seu percurso passa por Alvalade e Alcácer do Sal, sendo a foz em frente a Setúbal. De jusante de Alcácer do Sal até à foz desenvolve-se um largo estuário separado do oceano pela península de Troia.

É dos poucos rios portugueses que corre de sul para norte, tal como o Rio Mira (Odemira, Alentejo), que é de menor dimensão.

No estuário do Sado habita uma população de golfinhos (roaz-corvineiro), que tem resistido à invasão do seu habitat pelo homem (tráfego marítimo para os estaleiros da Mitrena, para o porto de Setúbal e decorrente da pesca e da doca de recreio, além do ferry-boat de ligação entre margens).

O rio Sado não tem um grande caudal devido a vários factores, destacando-se dois: o clima mais árido do Alentejo, onde se encontra a sua nascente; e o desnível, pequeno, entre a altitude da nascente e a altitude da foz.

A bacia hidrográfica do rio Sado tem uma área de 7692 km², sendo a bacia hidrográfica de maior área inteiramente portuguesa. O estuário ocupa uma área de aproximadamente 160 km², com uma profundidade média de 8m sendo a máxima de 50m. O escoamento é forçado principalmente pela maré. O caudal médio anual do rio é de 40m³/s com uma forte variabilidade sazonal — indo de valores diários inferiores a 1m³/s no Verão até superiores a 150m³/s no Inverno
Rio Sado em Alcácer do Sal, visto da margem direita.









O Alentejo dourado

era na Escola chamado
O Celeiro da Nação

velhos tempos de miséria

em que tanta gente séria

transformou pedras em pão

 Alentejo meu amigo

de ceifeiras e ganhões

do Sol a Sol do castigo

que dava parcos tostões

 No meu Sado, meu amor

onde o herói pescador

também foi um explorado

parca  a“aviação”

mas enorme coração

no quinhão esperançado

 à chegada da traineira

já a linda conserveira

ouve a fábrica apitar

e tal como a ceifeira

faz uma jornada inteira

sem tempo pra descansar

 a riqueza acumulada

dos que sem produzir nada

viveram de gente séria

Industriais conserveiros

ou agrários garganeiros

chupam dedos à miséria

 comparando as asneiras

sem falar nas roubalheiras

dum Portugal pouco irmão

pescadores sem traineiras

prós ganhões e prás ceifeiras

um Alentejo sem pão

 João Paixão