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07 abril 2014

xplicação do País de Abril

País de Abril é o sítio do poema.
Não fica nos terraços da saudade
não fica nas longas terras. Fica exactamente aqui
tão perto que parece longe.

Tem pinheiros e mar tem rios
tem muita gente e muita solidão
dias de festa que são dias tristes às avessas
é rua e sonho é dolorosa intimidade.

Não procurem nos livros que não vem nos livros
País de Abril fica no ventre das manhãs
fica na mágoa de o sabermos tão presente
que nos torna doentes sua ausência.

País de Abril é muito mais que pura geografia
é muito mais que estradas pontes monumentos
viaja-se por dentro e tem caminhos veias
- os carris infinitos dos comboios da vida.

País de Abril é uma saudade de vindima
é terra e sonho e melodia de ser terra e sonho
território de fruta no pomar das veias
onde operários erguem as cidades do poema.

Não procurem na História que não vem na História.
País de Abril fica no sol interior das uvas
fica à distância de um só gesto os ventos dizem
que basta apenas estender a mão.

País de Abril tem gente que não sabe ler
os avisos secretos do poema.
Por isso é que o poema aprende a voz dos ventos
para falar aos homens do País de Abril.

Mais aprende que o mundo é do tamanho
que os homens queiram que o mundo tenha:
o tamanho que os ventos dão aos homens
quando sopram à noite no País de Abril.

Manuel Alegre.

01 agosto 2013

Nasceste antes de 1986?

Nasceste antes de 1986?
Então lê isto...
Esta merece!!!!
Deliciem-se...
Nascidos antes de 1986.
De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos
nos anos 40, 50, 60, 70 e princípios de 80,
não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé
eram pintadas com cores bonitas,
em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.
Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas à prova de crianças, ou
fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.
Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.
Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar á
frente era um bónus.
Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem.
Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar,
mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.
Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.
Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a
grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que
 esquecemos de montar uns travões.
Depois de acabarmos num silvado, aprendíamos.
Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos
em casa antes de escurecer.
Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.
Não tínhamos Play Station, X Box..
Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis,
computadores, DVD, Chat na Internet.
Tínhamos amigos : se os quiséssemos encontrar, íamos á rua.
Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía!
Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem
processos em tribunal.
Havia lutas com punhos mas sem sermos processados.
Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos
apanhados.
Íamos a pé para casa dos amigos.
Acreditem ou não, íamos a pé para a escola;
Não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.
Criávamos jogos com paus e bolas.
Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem.
Eles estavam do lado da lei.
Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre.
Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.
Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a
lidar com tudo.
És um deles?
                 Parabéns!
Para todos os outros que não têm a idade suficiente, pensei que gostasse       de ler acerca de nós.Isto, meus amigos é surpreendentemente medonho...
E talvez ponha um
sorriso nos vossos lábios.
A maioria dos estudantes que estão hoje nas universidades nasceu em 1986,
ou depois. Chamam-se jovens.
Nunca ouviram 'we are the world.
Nunca ouviram falar de Rick Astley, Banarama ou Belinda Carlisle.
Para eles sempre houve uma só Alemanha e um só Vietname.
A SIDA sempre existiu.
Os CD's sempre existiram.
O Michael Jackson sempre foi branco.
Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que
aquele gordo tivesse sido um deus da dança.
Acreditam que Missão impossível e Anjos de Charlie, são filmes do ano
passado.
Não conseguem imaginar a vida sem computadores.
Não acreditam que houve televisão a preto e branco.

Agora vamos ver se estamos a ficar velhos:
1. Entendes o que está escrito acima e sorris.
2. Precisas de dormir mais depois de uma noitada.
3. Os teus amigos estão casados ou a casar.
4. Surpreende-te ver crianças tão á vontade com computadores.
5. Abanas a cabeça ao ver adolescentes com telemóveis.
6. Lembras-te da Gabriela (a primeira telenovela).
7. Encontras amigos e falas dos bons velhos tempos.
SIM ESTÁS A FICAR VELHO (heheheh) ,
Mas tivemos uma infância do caraças !!!
Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba
António Aleixo

14 junho 2011


Salazar
  Pequeno resumo sobre : Portugal, o Estado Novo, e  a Revolução dos cravos  
  •     O líder do Estado Novo  Para os ideólogos do Estado Novo, a educação, a cultura,
    a informação e a política deviam estar a serviço da nação.
    O papel do Estado foi sempre visto naquela conjuntura como
    o do tutor, do pai, diante de uma sociedade imatura, indecisa,
    carente de guia, tribal.
  • Estado Novo é o nome do regime político autoritário e
  • corporativista
  • de Estado que vigorou em Portugal durante 41 anos sem
  • interrupção,
  • desde 1933, com a aprovação de uma nova Constituição,
  •  até 1974, quando foi
  • derrubado pela Revolução do 25 de Abril. Ao Estado Novo
  •  alguns historiadores
  • também chamam "II República" , embora tal designação
  •  jamais tenha sido assumida pelo próprio regime. A designação oficiosa
  • "Estado Novo", criada sobretudo  por razões ideológicas e
  • propagandísticas, quis assinalar  a entrada numa nova era,
  • aberta pela Revolução Nacional de 28 de Maio de 1926,
  • marcada por uma concepção antiparlamentar e antiliberal do Estado.
  • Neste sentido, o Estado Novo encerrou o período do liberalismo em
  • Portugal, abrangendo nele não só a Primeira República,
  • como também o Constitucionalismo monárquico.
  • Como regime político, o Estado Novo foi também chamado
  • salazarismo, em referência a António de Oliveira Salazar,
  • o seu fundador e líder. Salazar assumiu o cargo de Ministro
  • das Finanças em 1928, tornou-se, nessa pasta, figura preponderante
  • no governo da Ditadura Militar já em 1930
  •  (o que lhe valeu o epíteto de "Ditador das Finanças")
  • e ascendeu a Presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro)
  • em Julho de 1932, posto que manteve até ao seu afastamento
  • por doença em 1968. A designação salazarismo reflecte a circunstância
  • de o Estado Novo se ter centrado na figura do "Chefe"
  • Salazar e ter sido muito marcado pelo seu estilo pessoal de
  •  governação.
  • O Estado Novo, todavia, abrange igualmente o período em que
  • o sucessor de Salazar, Marcello Caetano, chefiou o governo
  • (1968-1974). Caetano assumiu-se como "continuador" de Salazar., mas
  • vários autores preferem autonomizar este período do Estado Novo
  • e falar de Marcelismo. Marcello Caetano ainda  pretendeu rebaptizar
  • publicitariamente o regime ao designá-lo por Estado
  • Social, "mobilizando uma retórica política adequada aos
  •  parâmetros desenvolvimentistas e simulando o resultado de um pacto social
  •  que, nos seus termos liberais, nunca existiu", mas a designação não se enraizou.
  • Ao Estado Novo têm sido atribuídas as influências do maurrasianismo do
  • Integralismo Lusitano, da doutrina social da Igreja, bem como de alguns
  • aspectos da doutrina e prática do Fascismo italiano,regime do qual adoptou
  • o modelo do Partido Único e, até certo ponto, do Corporativismo de Estado
  • .A Ditadura Nacional (1926-1933) e o Estado Novo de Salazar
  • e Marcello Caetano(1933-1974) foram, conjuntamente, o mais longo regime
  • autoritário na Europa Ocidental durante o séc. XX, estendendo-se por 48 anos.
  • Queda do Estado Novo
  • após 41 anos de vida, é finalmente derrubado no dia 25 de Abril de 1974.
  • O golpe que acabou com o regime foi efectuado pelos militares do Movimento das Forças Armadas - MFA.
  • O golpe militar contou com a presença da população, cansada
  • da repressão, da censura, da guerra colonial e da má situação
  • económico-financeira Ficou conhecida por Revolução dos Cravos.
  • Neste dia, diversas unidades militares comandadas por oficiais do MFA
  • marcharam sobre Lisboa, ocupando uma série de pontos estratégicos.
  • As guarnições militares que supostamente eram apoiantes
  • do regime renderam-se e juntaram-se aos militares do MFA.
  • O regime caiu sem ter quase quem o defendesse. Os acontecimentos
  • deste dia culminaram com a rendição de Marcello Caetano, sitiado pelo
  • capitão Salgueiro Maia, no Quartel do Carmo.
  • Foi uma revolução considerada "não-sangrenta" e "pacífica".
  • Essa revolução trouxe a liberdade ao povo português,
  • oprimido durante décadas, e levou à aprovação,
  • em 1976, de uma nova Constituição da
  • República Portuguesa.
  • A análise que se segue
  • refere-se apenas às divisões entre estratos sociais.
  • Existem actualmente dois pontos de vista dominantes nas sociedade portuguesa em relação ao 25 de abril. Quase todos reconhecem, de uma forma ou de outra, que o 25 de abril representou um grande salto no desenvolvimento político-social do país.
  • Mas as pessoas mais à esquerda do espectro político tendem a
  • pensar que o espírito inicial da revolução se perdeu e que muitas
  • das chamadas "conquistas da revolução" se foram perdendo.
  • De uma forma geral, ambos os lados lamentam a forma como
  • a descolonização foi feita, enquanto que as pessoas mais à direita
  • lamentam as nacionalizações feitas no período imediato ao 25 de Abril
  • de 1974 que condicionaram sobremaneira o crescimento de uma
  • economia já então fraca.
  • Publicado por IldaCarol
  • Fonte: Wikipedia
Guerras Coloniais
Entre os anos de 1961 e 1974, Portugal participou de uma guerra colonial, que teve início para combater os movimentos de independência que surgiram nas colônias de Angola, Moçambique e Guiné.


O Portugal salazarista não queria perder seu império colonial, por isso são abertas várias frentes de guerra - Angola no ano de 1961, Guiné em 1963 e Moçambique em 1964 - para não permitir a independência dos países africanos.


A guerra colonial portuguesa foi alvo de rigorosas críticas, dentro e fora do país. Era um motivo de tristeza para a população, que via os seus filhos morrerem numa guerra que sem fim, e as condições de vida a piorar com o esforço financeiro para sustentar o conflito.


Mas, o regime de Salazar, e depois de Marcelo Caetano, continuava sem escutar as oposições internas e às pressões internacionais. Portugal mantinha-se "orgulhosamente só".


A guerra colonial teve fim no ano de 1974, com a revolução do 25 de Abril. A própria revolução foi fruto de tristeza de alguns setores das Forças Armadas com o prolongar sem fim de uma guerra que estava condenada à derrota.



05 março 2011

São Romão do Sado







 ANÁLISE DA FECUNDIDADE ILEGITIMIDADE NA FREGUESIA DE SÃO ROMÃO DO Sado ENTRE 1679 – 1729    

"ILHADE PRETOS"
Maria Raquel R. Gomes

São Romão do Sado
 É actualmente uma pequena aldeia com cerca de 35 habitantes. Localizada na área margeada pelo Sado e encontra-se a 15 km da sede do concelho, Alcácer do Sal. Percorrendo as suas ruas (bem como a da
aldeia mais próxima- Rio de Moinhos) é fácil identificar traços negróides nalguns moradores: cabelo encarapinhado, pele muito morena, lábios grossos, nariz largo...O interesse histórico por este tema tem motivado estudos científicos em diversas áreas, tornando-se apaixonante sobretudo para aqueles que, tal como eu, desde berço vão ouvindo histórias e lendas sobre essas gentes, cujo sangue ainda corre nas veias de muitos de nós. De facto, em Alcácer do Sal é bem conhecida a existência dos "Pretos de S. Romão que, fruto da miscigenação, se misturaram com a população branca se espalharam, naturalmente, por toda a região.José Leite de Vasconcelos, na sua obra Etnografia Portuguesa faz a Seguinte descrição: Ultimamente tive ocasião de ver alguns exemplares dos mesmos Mulatos.Eles próprios dizem que são atravessados, isto é, “mestiços", em sentido geral.  A cor varia: há indivíduos que são, por assim dizer, pálidos ou morenos,e outros  muito fosco, quase pretos. Os vizinhos chamavam dantes a esta gente Pretos do Sado ou Pretos de São Romão, porque havia lá realmente muitos pretos.julga-se que o fraco povoamento do Alentejo e a necessidade de mão-de-obra para os trabalhos agrícolas terão sido a causa da fixação do colonato de escravos. Não se sabe, ao certo, que tipo de culturas se faziam na altura. Se o Alentejo era considerado o celeiro do reino, muito provavelmente predominava   também aqui o cultivo dos cereais: trigo, centeio, cevada, aveia. A utilização destes cereais como provimento nas viagens marítimas (para o fabricodo biscoito) fomentou, na época, o aumento da sua produção. Em paralelo, terão existido actividades pecuárias,principalmente de gado suinícola, tiragem de cortiça e apanha de bolota. Quanto ao arroz, cultura que hoje  predomina na região, não existem provas de que já fosse cultivado nos séculos  XVI . Sabe-se que a entrada deste cereal no reino remonta à época das Descobertas .Contudo, se ele aqui foi introduzido de imediato não o sabemos. Mas Pedro Muralha, nas Monografias Alentejanas, descreve que nos finais do século XIX, Manuel Rosa Dourado adquiriu naquela parte do Sado uma grande porção de terrenos ainda por arrotear, isto é, terras virgens, cobertas de matos e que até ali era terra sem valor algum económico. Foi ele,com José Maria dos Santos e o velho Lince que desenvolveram em Portugal a cultura do arroz, e essa cultura é também hoje, uma grande fonte de riqueza pública. Os terrenos a que Pedro Muralha se refere são a Herdade da Quinta de Cima, muito próximo de São Romão, e faz-nos supor que só no século XIX se iniciou a produção intensiva do arroz. Desconheço, até à data, quaisquer documentos que possam esclarecer os reais motivos da sua fixação e o modo como aqui chegaram ou quaisquer outros pormenores que elucidassem sobre os seus costumes e a forma como se,integraram na comunidade (aculturação). De qualquer modo, volvidos mais de três séculos, a memória popular, sempre curta para guardar factos históricos, apenas fez perdurar a lenda da "Ilha de Pretos=  e as cantigas que ainda hoje ecoam ao ritmo do Ladrão.

Quem quezerver moças Da cordo cravão, Vá dar um passeio Ató S. Romão.

Veja o nosso Sado, Não tenha receio, Até São Romão Vá dar um passeio.

Quando eu chegui À Rebêra do Sado Vi lá uma preta De beco virado.

Se tiver resposta Responda-me à letra De beco virado Vi lá uma preta.

O Senhor dos Mártires Cá da Carvalheira É o pai dos pretos De toda a Ribeira.

Lavrador João Quem lho diz sou eu: Se ele é pai dos Pretos Também o é seu.
Continua=

26 dezembro 2010

ALCÀCER DO SAL

                         ALCÁCER DO SAL
 Alcácer do Sal
 O concelho de Alcácer do Sal, outrora forte produtor de sal está hoje em dia essencialmente virado para a agricultura e pecuária, sendo o primeiro produtor nacional de arroz, cortiça e pinhão. Aqui, existem condições excelentes para a pesca desportiva, podendo pescar-se nos cursos de água: barbos e carpas; no curso médio do Rio Sado: taínhas e sabogas; no estuário deste rio: taínhas e robaliços e nas albufeiras das barragens: carpas e achegãs.

A caça oferece também imensas possibilidades, dadas as excelentes condições da região. Como zonas de caça turística existem: a Herdade de S. Bento e a Herdade de Porches.
As feiras e festas populares deste concelho realizam-se, a maioria, no Verão como por exemplo: as Festas dos Santos Populares e a Feira do Torrão. No 1º sábado de Outubro realiza-se a Feira de Alcácer.
Quanto à gastronomia, as receitas conventuais e secretas, tais como: as pinhoadas, o bolo de pinhão, as queijadas, o bolo real e os rebuçados de ovo, são algumas das delícias da doçaria desta região. Também podem ser apreciadas as famosas migas de carne de porco, o chispe no forno, a açorda à alentejana, etc.