A expressão pressão arterial (PA) refere-se à pressão exercida pelo sangue
contra a parede das artérias. A pressão arterial bem como a de todo o sistema
circulatório encontra-se normalmente um pouco acima da pressão atmosférica,
sendo a diferença de pressões responsável por manter as artérias e demais
vasos não colapsados. O seu valor no indivíduo saudável varia continuamente,
consoante a atividade física, o stress ou a emotividade.
Ciclo cardíaco
cardíaco até o fim do seguinte.
No momento em que o coração bombeia seu conteúdo na aorta mediante contração
do ventrículo esquerdo, encontrando-se a válvula mitral fechada e a válvula aórtica
aberta, quando a pressão ventricular esquerda é máxima, a pressão calculada a nível
das artérias também é máxima. Como esta fase do ciclo cardíaco se chama sístole,
a pressão calculada neste momento é chamada de pressão arterial sistólica.
e a mitral aberta, o ventrículo esquerdo está em relaxamento e a receber o sangue
das aurículas. Neste momento a pressão arterial nas artérias é baixa, e, como este
período do ciclo cardíaco se chama diástole, é denominada pressão arterial diastólica.
No entanto, esta pressão mínima ainda é consideravelmente superior à pressão
presente do lado exterior da aorta e de todo o sistema arterial, sendo esta certamente
maior do que a pressão atmosférica razão pela
qual as artérias não colapsam nesta fase do ciclo.
A determinação indireta da pressão arterial só se tornou possível a partir de 1880,
quando von Basch, na Alemanha, idealizou o primeiro aparelho, que nada mais era
que uma bolsa de borracha cheia de água e ligada a uma coluna de mercúrio ou a
um manômetro. Comprimindo-se a bolsa de borracha sobre a artéria até ao
desaparecimento do pulso obtinha-se a pressão sistólica. Em 1896, um médico italiano,
Riva-Rocci, substituiu a bolsa por um manguito de borracha e a água pelo ar.
A medida da pressão diastólica teve que esperar por mais 9 anos, até que um jovem
médico russo, Nikolai Korotkov descobrisse os sons produzidos durante a descompressão
da artéria.
Não existe uma combinação precisa de medidas para se dizer qual é a pressão normal,
mas em termos gerais, diz-se que os valores 120/80 mmHg são valores considerados
Contudo, medidas até 140 mmHg para a pressão sistólica, e 90 mmHg para a diastólica,
podem ser aceitas como normais. O local mais comum de verificação da pressão arterial
é o braço, usando como ponto de auscultação a artéria braquial. O equipamento usado é o esfigmomanômetro ou tensiômetro, que possui uma braçadeira insuflável ou manguito, e para auscultar os batimentos, usa-se o estetoscópio. Quando se fala em dois valores de pressão arterial (145 por 90 mmHg, por exemplo), estamos falando de 145 no pico da sístole e 90 no final da diástole, portanto pressão sistólica e pressão diastólica.1
A pressão arterial pode ser medida a vários níveis do sistema circulatório, diminuindo a pressão à medida que o ponto de medida se afasta do coração. Assim, na grande circulação podem ser medidas pressões a todos os níveis mas na prática clínica diária só se usa a pressão máxima e a mínima.
Pressão Arterial Sistólica: Pressão Arterial máxima do ciclo cardíaco, ocorrendo durante a sístole ventricular.
Pressão Arterial Diastólica: Pressão Arterial mínima do ciclo cardíaco, equivalendo a pressão no fim da diástole ventricular.
Pressão Arterial média: Média das pressões instantâneas de todo um ciclo cardíaco. Costuma ser deduzida das pressões diastólica e sistólica, com margens de erro variáveis, conforme a fórmula utilizada. Poder-se-ia pensar que seria realmente a média mas não é: aproxima-se mais da pressão diastólica.
Pressão Arteriolar: Pressão nas arteríolas do organismo.
Pressão Pré-capilar. Pressão na arteríola imediatamente antes de se iniciar um capilar.
Pressão Capilar. pressão média no capilar. Fundamental para as trocas de líquidos
entre o sangue e o espaço extracelular, conforme a Lei de Starling.
Na pequena circulação existem todos os equivalentes acima, seguidos do termo "Pulmonar", como em "Pressão Arterial Pulm
A hipertensão arterial é um dos principais factores de risco para a ocorrência do acidente vascular cerebral, trombolembólico ou hemorrágico, enfarte agudo do miocárdio, aneurisma arterial (por exemplo, aneurisma da aorta), doença arterial periférica, além de ser uma das causas de insuficiência renal crónica e insuficiência cardíaca.3 Mesmo moderado, o aumento da pressão sanguínea arterial está associado à redução da esperança de vida.1 Segundo a American Heart
Association é a doença crónica que ocasiona o maior número de consultas nos sistemasde saúde, com um importantíssimo impacto económico e social.
Pressão Pós-capilar ou Venular. Pressão no início das vênulas. A este nível passa a ser pressão venosa e não arterial.