O Sado (antigamente chamado Sádão) é um rio português, que nasce a 230m
de altitude, na Serra da Vigia e percorre 180 quilómetros até desaguar
no oceano Atlântico perto de Setúbal. No seu percurso passa por Alvalade
e Alcácer do Sal, sendo a foz em frente a Setúbal. De jusante de
Alcácer do Sal até à foz desenvolve-se um largo estuário separado do
oceano pela península de Troia.
É dos poucos rios portugueses que corre de sul para norte, tal como o Rio Mira (Odemira, Alentejo), que é de menor dimensão.
É dos poucos rios portugueses que corre de sul para norte, tal como o Rio Mira (Odemira, Alentejo), que é de menor dimensão.
No estuário do Sado habita uma população de golfinhos (roaz-corvineiro), que tem resistido à invasão do seu habitat pelo homem (tráfego marítimo para os estaleiros da Mitrena, para o porto de Setúbal e decorrente da pesca e da doca de recreio, além do ferry-boat de ligação entre margens).
O rio Sado não tem um grande caudal devido a vários factores, destacando-se dois: o clima mais árido do Alentejo, onde se encontra a sua nascente; e o desnível, pequeno, entre a altitude da nascente e a altitude da foz.
A bacia hidrográfica do rio Sado tem uma área de 7692 km², sendo a bacia hidrográfica de maior área inteiramente portuguesa. O estuário ocupa uma área de aproximadamente 160 km², com uma profundidade média de 8m sendo a máxima de 50m. O escoamento é forçado principalmente pela maré. O caudal médio anual do rio é de 40m³/s com uma forte variabilidade sazonal — indo de valores diários inferiores a 1m³/s no Verão até superiores a 150m³/s no Inverno
Rio Sado em Alcácer do Sal, visto da margem direita.
O Alentejo dourado
era na Escola chamado
O Celeiro da Nação
velhos tempos de miséria
em que tanta gente séria
transformou pedras em pão
Alentejo meu amigo
de ceifeiras e ganhões
do Sol a Sol do castigo
que dava parcos tostões
No meu Sado, meu amor
onde o herói pescador
também foi um explorado
parca a“aviação”
mas enorme coração
no quinhão esperançado
à chegada da traineira
já a linda conserveira
ouve a fábrica apitar
e tal como a ceifeira
faz uma jornada inteira
sem tempo pra descansar
a riqueza acumulada
dos que sem produzir nada
viveram de gente séria
Industriais conserveiros
ou agrários garganeiros
chupam dedos à miséria
comparando as asneiras
sem falar nas roubalheiras
dum Portugal pouco irmão
pescadores sem traineiras
prós ganhões e prás ceifeiras
um Alentejo sem pão
João Paixão
era na Escola chamado
O Celeiro da Nação
velhos tempos de miséria
em que tanta gente séria
transformou pedras em pão
Alentejo meu amigo
de ceifeiras e ganhões
do Sol a Sol do castigo
que dava parcos tostões
No meu Sado, meu amor
onde o herói pescador
também foi um explorado
parca a“aviação”
mas enorme coração
no quinhão esperançado
à chegada da traineira
já a linda conserveira
ouve a fábrica apitar
e tal como a ceifeira
faz uma jornada inteira
sem tempo pra descansar
a riqueza acumulada
dos que sem produzir nada
viveram de gente séria
Industriais conserveiros
ou agrários garganeiros
chupam dedos à miséria
comparando as asneiras
sem falar nas roubalheiras
dum Portugal pouco irmão
pescadores sem traineiras
prós ganhões e prás ceifeiras
um Alentejo sem pão
João Paixão