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A minha Lista de blogues
22 janeiro 2014
20 janeiro 2014
O MARAVILHOSO Sado e o Alentejo
O Sado (antigamente chamado Sádão) é um rio português, que nasce a 230m
de altitude, na Serra da Vigia e percorre 180 quilómetros até desaguar
no oceano Atlântico perto de Setúbal. No seu percurso passa por Alvalade
e Alcácer do Sal, sendo a foz em frente a Setúbal. De jusante de
Alcácer do Sal até à foz desenvolve-se um largo estuário separado do
oceano pela península de Troia.
É dos poucos rios portugueses que corre de sul para norte, tal como o Rio Mira (Odemira, Alentejo), que é de menor dimensão.
É dos poucos rios portugueses que corre de sul para norte, tal como o Rio Mira (Odemira, Alentejo), que é de menor dimensão.
No estuário do Sado habita uma população de golfinhos (roaz-corvineiro), que tem resistido à invasão do seu habitat pelo homem (tráfego marítimo para os estaleiros da Mitrena, para o porto de Setúbal e decorrente da pesca e da doca de recreio, além do ferry-boat de ligação entre margens).
O rio Sado não tem um grande caudal devido a vários factores, destacando-se dois: o clima mais árido do Alentejo, onde se encontra a sua nascente; e o desnível, pequeno, entre a altitude da nascente e a altitude da foz.
A bacia hidrográfica do rio Sado tem uma área de 7692 km², sendo a bacia hidrográfica de maior área inteiramente portuguesa. O estuário ocupa uma área de aproximadamente 160 km², com uma profundidade média de 8m sendo a máxima de 50m. O escoamento é forçado principalmente pela maré. O caudal médio anual do rio é de 40m³/s com uma forte variabilidade sazonal — indo de valores diários inferiores a 1m³/s no Verão até superiores a 150m³/s no Inverno
Rio Sado em Alcácer do Sal, visto da margem direita.
O Alentejo dourado
era na Escola chamado
O Celeiro da Nação
velhos tempos de miséria
em que tanta gente séria
transformou pedras em pão
Alentejo meu amigo
de ceifeiras e ganhões
do Sol a Sol do castigo
que dava parcos tostões
No meu Sado, meu amor
onde o herói pescador
também foi um explorado
parca a“aviação”
mas enorme coração
no quinhão esperançado
à chegada da traineira
já a linda conserveira
ouve a fábrica apitar
e tal como a ceifeira
faz uma jornada inteira
sem tempo pra descansar
a riqueza acumulada
dos que sem produzir nada
viveram de gente séria
Industriais conserveiros
ou agrários garganeiros
chupam dedos à miséria
comparando as asneiras
sem falar nas roubalheiras
dum Portugal pouco irmão
pescadores sem traineiras
prós ganhões e prás ceifeiras
um Alentejo sem pão
João Paixão
era na Escola chamado
O Celeiro da Nação
velhos tempos de miséria
em que tanta gente séria
transformou pedras em pão
Alentejo meu amigo
de ceifeiras e ganhões
do Sol a Sol do castigo
que dava parcos tostões
No meu Sado, meu amor
onde o herói pescador
também foi um explorado
parca a“aviação”
mas enorme coração
no quinhão esperançado
à chegada da traineira
já a linda conserveira
ouve a fábrica apitar
e tal como a ceifeira
faz uma jornada inteira
sem tempo pra descansar
a riqueza acumulada
dos que sem produzir nada
viveram de gente séria
Industriais conserveiros
ou agrários garganeiros
chupam dedos à miséria
comparando as asneiras
sem falar nas roubalheiras
dum Portugal pouco irmão
pescadores sem traineiras
prós ganhões e prás ceifeiras
um Alentejo sem pão
João Paixão
30 dezembro 2013
Poema
CANÇÃO GRATA
Por tudo o que me deste:
- Inquietação, cuidado,(um pouco de ternura?
É certo, mas tão pouco!)
Noites de insónia, pelas ruas, como um louco...
- Obrigado, obrigado!
Por aquela tão doce e tão breve ilusão,
(Embora nunca mais, depois que a vi desfeita,
Eu volte a ser quem fui), sem ironia: aceita
A minha gratidão!
Que bem me faz, agora, o mal que me fizeste!
- Mais forte, mais sereno, e livre, e descuidado...
Sem ironia, amor: - Obrigado, obrigado
Por tudo o que me deste!
Carlos Queirós
1907-1949
09 dezembro 2013
RECUSA
Quando mergulho no lago
Que vejo no teu olhar,
Vou suplicando um afago
Que te recusas a dar.
Percebo angústias passadas
Nesse olhar distante e vago,
E agito as águas paradas
Quando mergulho no lago
Procuro em ti a ternura
Que já deixaste secar
E perco-me na lonjura
Que vejo no teu olhar.
De sempre me olhares sem ver,
A mágoa em meu peito trago.
Antes de tudo perder
Vou suplicando um afago.
Meu coração não se cansa
De tanto te mendigar,
A derradeira esperança
Que te recusas a dar.
(Orlando Fernandes in Fronteiras do Sonho)
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