Salazar |
Pequeno resumo sobre : Portugal, o Estado Novo, e a Revolução dos cravos
- O líder do Estado Novo Para os ideólogos do Estado Novo, a educação, a cultura,
a informação e a política deviam estar a serviço da nação.
O papel do Estado foi sempre visto naquela conjuntura como
o do tutor, do pai, diante de uma sociedade imatura, indecisa,
carente de guia, tribal.
- Estado Novo é o nome do regime político autoritário e
- corporativista
- de Estado que vigorou em Portugal durante 41 anos sem
- interrupção,
- desde 1933, com a aprovação de uma nova Constituição,
- até 1974, quando foi
- derrubado pela Revolução do 25 de Abril. Ao Estado Novo
- alguns historiadores
- também chamam "II República" , embora tal designação
- jamais tenha sido assumida pelo próprio regime. A designação oficiosa
- "Estado Novo", criada sobretudo por razões ideológicas e
- propagandísticas, quis assinalar a entrada numa nova era,
- aberta pela Revolução Nacional de 28 de Maio de 1926,
- marcada por uma concepção antiparlamentar e antiliberal do Estado.
- Neste sentido, o Estado Novo encerrou o período do liberalismo em
- Portugal, abrangendo nele não só a Primeira República,
- como também o Constitucionalismo monárquico.
- Como regime político, o Estado Novo foi também chamado
- salazarismo, em referência a António de Oliveira Salazar,
- o seu fundador e líder. Salazar assumiu o cargo de Ministro
- das Finanças em 1928, tornou-se, nessa pasta, figura preponderante
- no governo da Ditadura Militar já em 1930
- (o que lhe valeu o epíteto de "Ditador das Finanças")
- e ascendeu a Presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro)
- em Julho de 1932, posto que manteve até ao seu afastamento
- por doença em 1968. A designação salazarismo reflecte a circunstância
- de o Estado Novo se ter centrado na figura do "Chefe"
- Salazar e ter sido muito marcado pelo seu estilo pessoal de
- governação.
- O Estado Novo, todavia, abrange igualmente o período em que
- o sucessor de Salazar, Marcello Caetano, chefiou o governo
- (1968-1974). Caetano assumiu-se como "continuador" de Salazar., mas
- vários autores preferem autonomizar este período do Estado Novo
- e falar de Marcelismo. Marcello Caetano ainda pretendeu rebaptizar
- publicitariamente o regime ao designá-lo por Estado
- Social, "mobilizando uma retórica política adequada aos
- parâmetros desenvolvimentistas e simulando o resultado de um pacto social
- que, nos seus termos liberais, nunca existiu", mas a designação não se enraizou.
- Ao Estado Novo têm sido atribuídas as influências do maurrasianismo do
- Integralismo Lusitano, da doutrina social da Igreja, bem como de alguns
- aspectos da doutrina e prática do Fascismo italiano,regime do qual adoptou
- o modelo do Partido Único e, até certo ponto, do Corporativismo de Estado
- .A Ditadura Nacional (1926-1933) e o Estado Novo de Salazar
- e Marcello Caetano(1933-1974) foram, conjuntamente, o mais longo regime
- autoritário na Europa Ocidental durante o séc. XX, estendendo-se por 48 anos.
- Queda do Estado Novo
- após 41 anos de vida, é finalmente derrubado no dia 25 de Abril de 1974.
- O golpe que acabou com o regime foi efectuado pelos militares do Movimento das Forças Armadas - MFA.
- O golpe militar contou com a presença da população, cansada
- da repressão, da censura, da guerra colonial e da má situação
- económico-financeira Ficou conhecida por Revolução dos Cravos.
- Neste dia, diversas unidades militares comandadas por oficiais do MFA
- marcharam sobre Lisboa, ocupando uma série de pontos estratégicos.
- As guarnições militares que supostamente eram apoiantes
- do regime renderam-se e juntaram-se aos militares do MFA.
- O regime caiu sem ter quase quem o defendesse. Os acontecimentos
- deste dia culminaram com a rendição de Marcello Caetano, sitiado pelo
- capitão Salgueiro Maia, no Quartel do Carmo.
- Foi uma revolução considerada "não-sangrenta" e "pacífica".
- Essa revolução trouxe a liberdade ao povo português,
- oprimido durante décadas, e levou à aprovação,
- em 1976, de uma nova Constituição da
- República Portuguesa.
- A análise que se segue
- refere-se apenas às divisões entre estratos sociais.
- Existem actualmente dois pontos de vista dominantes nas sociedade portuguesa em relação ao 25 de abril. Quase todos reconhecem, de uma forma ou de outra, que o 25 de abril representou um grande salto no desenvolvimento político-social do país.
- Mas as pessoas mais à esquerda do espectro político tendem a
- pensar que o espírito inicial da revolução se perdeu e que muitas
- das chamadas "conquistas da revolução" se foram perdendo.
- De uma forma geral, ambos os lados lamentam a forma como
- a descolonização foi feita, enquanto que as pessoas mais à direita
- lamentam as nacionalizações feitas no período imediato ao 25 de Abril
- de 1974 que condicionaram sobremaneira o crescimento de uma
- economia já então fraca.
- Publicado por IldaCarol
- Fonte: Wikipedia
Guerras Coloniais Entre os anos de 1961 e 1974, Portugal participou de uma guerra colonial, que teve início para combater os movimentos de independência que surgiram nas colônias de Angola, Moçambique e Guiné. O Portugal salazarista não queria perder seu império colonial, por isso são abertas várias frentes de guerra - Angola no ano de 1961, Guiné em 1963 e Moçambique em 1964 - para não permitir a independência dos países africanos. A guerra colonial portuguesa foi alvo de rigorosas críticas, dentro e fora do país. Era um motivo de tristeza para a população, que via os seus filhos morrerem numa guerra que sem fim, e as condições de vida a piorar com o esforço financeiro para sustentar o conflito. Mas, o regime de Salazar, e depois de Marcelo Caetano, continuava sem escutar as oposições internas e às pressões internacionais. Portugal mantinha-se "orgulhosamente só". A guerra colonial teve fim no ano de 1974, com a revolução do 25 de Abril. A própria revolução foi fruto de tristeza de alguns setores das Forças Armadas com o prolongar sem fim de uma guerra que estava condenada à derrota. |